Cara de Paisagem

"[O transporte público] é uma concessão que o Município faz a uma empresa privada [Grande Londrina], que tem contrato, se não me engano, por 15 anos, prorrogáveis por mais 15. Foi feito em 2004, e é um contrato por 30 anos, e acaba só em 2034."

A fala que causa medo e arrepios é do vereador Glaudio, petista e lider do executivo na Câmara, pronunciada na sessão do dia 28/06/2007.
Até onde sabemos, o processo de licitação está muito bem trancado e, ao que parece, o executivo resolveu engolir a chave. Ninguém sabe muito bem quais são os itens assinados nessa licitação duradoura:
* A empresa pode alterar o padrão dos ônibus (reduzir o tamanho, por exemplo), economizar na frota/trabalhadores/custos e de quebra aumentar a passagem?
* Alias, quem dá o aval para esse tipo de reajuste? Quem vê as planilhas e analisa a proposta de aumento?

A resposta é clara: CMTU e Executivo. Juntos, empresa privada, autarquia e executivo, são responsáveis pelas ações futuras no transporte publico, seja a comprovação da ilegalidade no processo de revisão tarifário ou ainda responsável pelo acordo vitalício com a Grande Londrina.
Este ano a empresa já solicitou o aumento. A CMTU está analisando e disse não ter medo de protestos do Movimento Passe-Livre.

Agora fica a pergunta: Qual é a moral de uma empresa avarenta que presta um serviço mesquinho (ônibus cada vez menor; os motoristas são os responsáveis em cobrar as passagens; horários bagunçados; numero irrisório de veículos disponíveis nas ruas; aumentos que afrontam o bolso do usuário)? Só para lembrar: Moral de uma empresa (TCGL) que esta sendo acusada de pagar mesadas para vereadores londrinenses.

Um projeto de lei para legitimar a lei não legitimada

Ironicamente, um projeto de lei que defende a distribuição de trinta créditos para presidente de bairros e favelas recebeu parecer contrário da Comissão de Justiça. Ah, e antes que algum colunista compre a crítica pelo título, o projeto de lei nº 48/2008 do vereador Roberto Fú, nada mais é que uma legitimação da lei - uma cobrança escancarada de algo que já existe e não é cumprido. Segue um trecho proposta:

E assim afirmamos porque está em plena vigência e funcionamento a Lei Municipal nº 5.428, de 21 de junho de 1993, que determina às empresas concessionárias e permissionárias do transporte coletivo urbano no Município de Londrina que concedam mensalmente, a cada presidente de associação de bairros, conjuntos habitacionais ou favelas, trinta passes de ônibus.
Por força dessa lei, as empresas que hoje exploram o transporte coletivo de passageiros fornecem aos presidentes de associação de moradores trinta passes por mês.
Com a nossa proposta, em vez de as empresas fornecerem trinta passes, irão fornecer cartão com trinta créditos mensais.
Como se vê, não haverá nenhuma alteração de ordem legal, econômica ou financeira no ordenamento jurídico vigente nem no contrato firmado pelo Município com as atuais empresas do transporte coletivo municipal.
Esta é a parte irônica: já existe uma lei na "ativa" desde 1993. Ativa ou não, não conheço nenhum presidente de bairro que usufrua dela.
A atendente Terezinha do 0800 da Grande Londrina desconheceu o assunto quando eu perguntei; O mesmo na CMTU quando eu questionei a Jaqueline, que voltou segundos depois com a informação direto de um diretor de transporte, "ninguém nunca ouviu falar disso".
Para fechar os absurdos, o parecer contrário da Comissão de Justiça:
Tramitação: - A Comissão de Justiça afirma que a presente iniciativa é inconstitucional e ilegal por afronta aos artigos 5º, XXXVI, e 37, XXI, da CF e a diversos dispositivos de leis especiais (Lei de Licitações e Lei de Concessões Permissões, dentre outras) que asseguram ao contratado a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato inicialmente ajustado, por isso manifesta-se contrariamente à tramitação deste projeto, em 29.4.2008.
Se a função da Comissão de Justiça é "opinar sobre o aspecto constitucional, legal, jurídico, regimental e de técnica legislativa de todos os projetos de emenda à Lei Orgânica do Município de Londrina, de lei, de decreto legislativo e de resolução", me parece que nessa proposta faltou detalhes na análise.
Para fechar, Gláudio é presidente da Comissão de Justiça, é lider do Executivo na Câmara e está com o nome na lista dos que recebiam a mesada da Grande Londrina e, assim como vários outros vereadores, é suspeito de estar em várias outras que correm por ai.


PS: Será que na planilha anual consta reembolso dos R$ 8 milhões que as empresas concessionárias tiveram em faturamento ilegal (leia aqui)?

"Fica cassado o mandato do vereador Orlando Bonilha Soares Proença", foi o que Sidney Souza, presidente da Câmara, anunciou por volta das 10 horas da manhã desse sábado na "Sessão de Julgamento para Deliberação de Cassação de Mandato de Orlando Bonilha" a decisão unânime. Foram 18 votos favoráveis à cassação - destes, apenas 10 já invalidaria durante 8 anos os direitos políticos do atual vereador cassado e ex-vereador renunciado.


Ninguém fez a defesa de Bonilha de modo presencial hoje. Nem mesmo o próprio advogado, muito menos algum simpatizante presente na sessão. Em carta, Ronaldo Gomes Neves, advogado de defesa de Bonilha, protesta contra a falta de provas em que o legislativo estava se pautando, "não há nenhuma prova que envolva Bonilha nesse affair". A defesa poderia dispor-se de 60 minutos para as alegações na sessão.

Bonilha é acusado de apropriação de salários de assessores, licitação fraudulenta e formação de quadrilha. Na Câmara, isto tudo resume-se em quebra de decoro.

Quem te viu, quem te vê

O vereador foi quem deu o voto que decidiria a cassação do ex-prefeito Antonio Belinati, o Tio Bila, no dia 22 de junho de 2000. Na época, ele se ausentou da votação para ser o ultimo a declarar "sim" ou "não" para a cassação do ex-prefeito, que singelamente foi acusado improbidade administrativa. Bonilha optou pelo "sim", e agora esta sofrendo o peso de um "sim" nas costas. Alias, é pior: ele sofre com o peso da palavra "unanimidade", um fardo bem maior.

Datas

10 de dezembro - É o Dia do Arrependimento, que Bonilha criou quando brincou de ser prefeito por alguns dias (na ausência de prefeito e vice, sobrou ele). Também é o dia da morte do ditador chileno Augusto Pinochet e Dia Internacional dos Direitos Humanos, coisas relativamente boas.

1º de abril
- O dia de acontecimentos péssimos para história mundial, desde o terremoto que criou um tsunami no Havai à derrubada do presidente
João Goulart (Golpe militar de 1964) no Brasil.
Ah, e regionalizando as catástrofes, também é o dia de nascimento do ex-vereador Orlando Bonilha - ironicamente, 1º de abril é o Dia da Mentira.


31 de maio
- é Dia de Retirar Batata Podre do Saco.

Espero ansiosamente uma pluralização no nome deste dia.
Ainda ansiosamente, aguardo que as ações deste dia se torne um habito diário, e não apenas uma eventualidade.





Curtas [4]

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Em Foco

"Até que enfim", foi o que (certamente) Jamil Janene (PMDB) pensou quando se viu rodeado de luz, câmeras, blocos de anotações, gravadores e, óbvio, jornalistas no corredor da Câmara. Há algumas sessões ele vinha com o mesmo discurso: Zona Azul e suas futuras mudanças. Quando a mudança aconteceu, Jamil já havia participado de requerimento ao executivo e ontem até apresentou Proposta de Lei contra as alterações. Evidentemente, no legislativo, quem encabeçou na imprensa o discurso em prol dos (proprietários de carros) fracos e oprimidos foi ele.

Em Foco (2)

Esse "até que enfim" pode apresentar outra sensação: O episódio "cunhada na prefeitura" foi mandado pra escanteio.

Casa Cheia

Ontem foi o dia de varios vereadores terem o mando de campo. Imprensa, petebistas e alguns munícipes da ONG SOS Vida Animal estavam na sessão. Para um local onde não se vê muita gente (tirando imprensa e assessores), a sessão estava até populosa. Jamil Janene inflamou o discurso para falar da Zona Azul, enquanto falava, o vereador Antenor Ribeiro (PP) pediu aparte duas vezes, ambas sem resposta imediata. Só no fim Antenor pode tirar uma casquinha do momento.

Casa Cheia (2)

Roberto Fu (PDT) nem conseguiu falar muito sobre o parecer contrario da Comissão de Justiça ao Centro de Zoonose. Havia uma torcida do pessoal da ONG SOS Vida Animal. Resultado: 6 vereadores pediram aparte para falar da importancia do trabalho da ONG e da necessidade do Centro, e, claramente, todos receberam aplausos dos 20 ocupantes das cadeiras em favor da ONG. Quem também falou sobre o Centro - mas não recebeu nenhum aplauso - foi o Gláudio (PT). Ah, para deixar claro, Gláudio faz parte da Comissão de Justiça, de onde veio o parecer contrário.

Eleições (na câmara) 2008

Há algum tempo os microfones da câmara servem à politicagem partidária. Gláudio, há poucas sessões atrás, disparou criticas a Barbosa Neto (PDT) por sua idéia de contratar estágiarios para vigiarem os servidores.

Aspas

De Glaudio, "Barbosa tá se dando ao luxo de achar que tá dentro (...) tá achando que já ganhou. Coitada da cidade administrada com essa cabeça" e completou dizendo sobre a esperança de que essa idéia fosse um "surto psicótico" do pré-candidato a prefeito. Sobre isso, Barbosa só me respondeu 5 dias depois, dizendo que "quanto ao vereador, creio que terei a chance de debater os erros e os acertos desta administração liderada na Câmara por ele". Agora é esperar para ver.

Curtas [3]

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Irritado

Jamil Janene (PMDB) disse hoje que é um homem cristão e acredita em Deus, mas, para ele, existem alguns jornalistas se achando no lugar do onipresente. E foi além, falando que uma jornalista sabia até dos seus sentimentos. "Uma repórter querendo ser uma Mãe Diná da vida", concluiu.

O motivo

A (provável) razão para a indignação é a matéria de hoje na Folha de Londrina, onde ele e mais quatro vereadores - Flávio Vedoato (PSC), Sidney de Souza (PTB), Osvaldo Bergamin (PMDB) , Renato Lemes (PRB) - tem parentes em diversos cargos na Sercomtel, CMTU e Cohab. Quem assinou a matéria foi a jornalista Janaina Garcia.

Batata quente...

''Além do mais, não tenho por que dar entrevista sobre a vida de uma pessoa com quem não tenho nada a ver - se eu tenho uma cunhada na Sercomtel, isso tem que ser perguntado ao Nedson, ele que é amigo do meu irmão'', disse Jamil Janene, segundo a matéria da Folha.

Quente...

Quando questionaram Flávio Vedoato, do PSC, sobre os cargos, ele também passou a responsabilidade para o prefeito Nedson. O pai do vereador tem um cargo na Sercomtel e não entende de telefonia, "mas é comerciante e tem bastante conhecimento na área administrativa', segundo o próprio Vedoato.

Queimou!

O prefeito, através de sua assessoria, confirmou que as indicações partiram dele. Como a maioria dos cargos são funções em comissões, e não cargos comissionados, a Promotoria de Defesa do Patrimônio terá um pouco de dificuldade em provar nepotismo. Portanto, a batata nem assou, antes de chegar no executivo.

Aproveitando o espaço


Antenor Ribeiro (PP) pediu hoje, enquanto falava no Grande Expediente da Câmara sobre o Dia das Mães, que todos internautas e munícipes acessem o site Destak News. Segundo Antenor, o sítio traz noticias de Londrina e tem uma homenagem para o dia das mães. O vereador só esqueceu de um detalhe: O sítio que ele cita é de sua propriedade. Quem quiser ter certeza, é só ir no registro.br e procurar.

Aproveitando o espaço (2)

Lá em Brasilia, Maluf, também do Partido Progressista (PP) fez um projeto de lei que cria multa sobre quem "ajuizar ação civil pública ou ação popular com má fé ou para promoção pessoal". Para Maluf, isso será bom para quem sofre de perseguições políticas.

Saiu no Congresso em Foco dessa semana: Três emendas idênticas foram suficientes para que as bolsas de valores garantissem a isenção da cobrança da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), proposta pelo governo na MP 413/2008 para compensar as perdas com o fim da CPMF.
Não muito surpreso, entre os que participam dessas emandas está Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). Ele, pra quem não leu a postagem que falava sobre o envolvimento de politicos e o capital privado, foi beneficiado pela BM&F com R$ 100 mil em sua campanha de 2006, também houve receita de R$ 20 mil da Bovespa e mais R$ 10 mil da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Segue um trecho da postagem:

A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), que ajudou Hauly com R$100 mil, tem uma paquera duradoura com o deputado tucano. Mesmo recheando a sua esperança de futuro deputado com sentimentos milionarios, a BM&F o convidou para um tour em território estadunidense onde ele e mais 6 companheiros, todos com as despesas devidamente pagas, visitaram bolsas de valores, universidades e órgãos do governo americano, além de participarem de uma solenidade de entrega do título de "Homem do Ano 2007" para o presidente da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto. As informações são do Congresso em Foco.
Entre contradições e explicações, os deputados alegam que as bolsas são "apenas intermediários financeiros" e ficam livres da cobrança. Logo depois que os deputados isentaram a BM&F e outras bolsas, como a Bovespa e a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), as ações destas empresas tiveram uma alta imediata. "Os papéis da Bovespa subiram 6,9%, mas encerraram o dia 28 com cotação de R$ 22,00, alta de 4,16%. No mercado das ações da BM&F, a valorização máxima foi de 6,6% no mesmo dia. Elas fecharam cotadas a R$ 14,49, alta de 5,84%", informa a matéria do Congresso em Foco.
Quando, via correspondência eletrônica, questionei Hauly sobre o motivo das empresas privadas investirem tanto em candidatos a cargos publicos, o deputado me disse que não sabe a resposta. "Sei que para fazer campanha os candidatos precisam de patrocínio e claro, se recorre às pessoas com quem se tem boas relações. Também não sei se é tanto, depende da avaliação e da capacidade da empresa". Dos 62 candidatos ajudados pela BM&F na ultima eleição, 39 conseguiram ser eleitos - e destes, mais de 60% eram deputados federais.

Mas o quase tudo, quase sempre é quase nada

Para Gustavo Munhoz, pós-graduado em direito constitucional e que há alguns anos trabalha na área de direito eleitoral, "O simples fato de A ou B ser em tese beneficiado com um ato de uma pessoa eleita para um cargo dessa natureza, seja ele um executivo ou um legislativo, aliado ao fato dele ter contribuído para a campanha, por si só, não gera qualquer tipo de ilegalidade". Gustavo me explica que o "desvio de finalidade" pode gerar a ilegalidade, isso é, quando o eleito a cargo publico beneficie um particular, deixando de lado o interesse publico.
Somente com uma investigação, normalmente partindo do Ministério Publico que pode ir além dos dados disponíveis online, é que mostrará se existe ou não algo que indique improbidade administrativa.
A emenda que beneficiou as bolsas tem amparo na lei 8212/91.
Portanto, como disse Gustavo, "todos são inocentes até que se prove o contrario".
Ainda assim, quando falamos de lobby hoje em dia, algo que me diz que "todos são os contrários, até que se prove a inocência".

Curtas [2]

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Respostas
Antenor Ribeiro (PP) divulgou respostas que andou cobrando de alguns setores da cidade. Ele está louco pra mostrar que em 2008 sua voz não pode ficar presa em textos bíblicos e histórias de buteco contadas na Câmara.

Tocos
Ele apenas recebeu respostas à mala-direta. A primeira foi da CMTU sobre os semaforos e a "Onda Verde", onde a comphania alegou que já atendeu as solicitações. Antenor disse que "a resposta é enganosa". O segundo toco veio do 5º Batalhão quando Antenor quis saber sobre as Patrulhas Escolares. "O Patrulhamento esta sendo realizado de maneira satisfatória", foi a resposta que o vereador recebeu.

Cada macaco...
O vereador do PP ainda não entendeu que ele não tem um desempenho satisfatório em perguntas. No site da Câmara, Antenor Ribeiro tem no seu histórico 34 pedidos de informações, contra 4283 requerimentos de sua autoria... é visivel qual é o galho do vereador.

RE0604
Leia este requerimento na íntegra:
Por iniciativa dos vereadores Pastor Renato Lemes, Roberto Fú e Marcelo Belinati e da vereadora Sandra Graça, cumprimentamos Vossa Senhoria pela mobilização dos membros da Igreja Universal Reino de Deus no trabalho de combate à dengue na cidade do Rio de Janeiro.
Pra entender melhor, clique aqui

Aparte
Quando Jamil Janene reclamava da saúde na zona sul/norte e citava um aparelho de raio-x quebrado, Antenor Ribeiro pediu aparte. "Vi no jornal que uma mulher no nordeste tem visão de raio-x, seria o caso contrata-la", salientou o radialista, vereador e agora piadista do Partido Progressista.

Por Latuff
retirado do NovaE

Diante da epidemia de dengue que mata no Rio de Janeiro, muitas soluções tem sido apresentadas. Larvicida, fumacê, tendas de hidratação, hospitais de campanha, anúncios na TV e outdoors na tentativa de esclarecer a população quanto ao combate dos focos do mosquito. Esqueça tudo isso! A salvação está num "óleo santo" distribuido pela notória Igreja Universal do Reino de Deus.

Num panfleto intitulado "Proteção divina contra a dengue", a Igreja conclama os incautos a se concentrarem nas dependências da suntuosa "Catedral Mundial da Fé", onde receberão um "cálice com o óleo santo" para que "todos sejam livres desta epidemia".

No verso do folheto, um espaço para que o fiel possa listar as pessoas que serão agraciadas com a "oração da proteção".

Tamanha estupidez dispensa maiores comentários. As imagens do panfleto falam por si.


A revista semanal IstoÉ, em matéria intitulada “MST Contra o Desenvolvimento”, coloca uma foto dos militantes do Movimento ao lado de uma placa “PARE”, assim, divulgando através do título e da foto a sua visão sobre os sem-terras. A revista foi além quando, através de uma matéria da Agencia Brasil de Fato, descobre-se que a foto da matéria foi manipulada digitalmente. A IstoÉ deixa evidente que mais do que não simpatizar com o MST, ela defende partidos e políticos nas suas veiculações semanais, indo totalmente contra a auto-titulação “Independente”, que esta em destaque no sítio da revista.

"Houve realmente manipulação por photoshop da imagem dos sem-terra, com intenção absolutamente estética (...) não houve nenhuma ordem, nenhuma orientação política, nenhum dolo. Houve um mal-entendido"
Cesar Itiberê, editor-executivo da agência IstoÉ, para FSP *

Obs: Realmente, Sr. Cesar, "Fora SERRA" foge dos padrões da estética pré-estabelecida... "Pare MST" é bem mais belo para a tipografia da revista - e em termos conceituais, é muito acatado pelo publico alvo do periódico semanal IstoÉ.


(*)
informações inseridas após o dia 11/04

Curtas [1]

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1º de Abril
Parace mentira, mas amanhã é o aniversário de Orlando Bonilha (PR). Talvez ele abra a sua caixa de e-mails, portanto, os que tiverem dispostos a mandar "parabéns" anotem: orlandobonilha@cml.pr.gov.br, orlandobonilha@centrodedetencaoeressocializacao.br ou para bonilha@corpodebombeirosnojardimtokio.com.br.

Objetividade
Sejam objetivos nas mensagens e digam o motivo dos parabéns: aniversário, renuncia ou prisão.


Aviso
Os três e-mails citados acima poderão voltar para o remetente, motivos:(1) Bonilha não abre o da câmara desde que foi afastado da casa e pediu renuncia do legislativo londrinense; (2) O e-mail do CDR,
Centro de Detenção e Ressocialização, não chegou a ser usado porque não havia vagas no dia que ele foi preso; (3) Bonilha só ficou um dia no Corpo de Bombeiros, é provável que ele não chegou a conectar-se na internet.

A Solução (1)
A boa ação seria pegar os 6 números telefonicos que constam no 102 (informações - Sercomtel) e sair ligando. Sinto dizer, mas isso não será tão simples: Orlando não é Bonilha desde o primeiro dia (da mentira) que nasceu. Ele "adquiriu" este nome quando comprou uma casa de carnes do Sr. Waldemar Moreno Bonilha, a Casa de Carnes Bonilha, há mais 10 anos. Portanto, estaríamos ligando pra familia de Waldemar.

A Solução (2)
Ligar amanhã no 3374-1370, gabinete 01, e pedir o novo e-mail de Bonilha. Aproveite e questione se o Henrique Barros tem outro e-mail - Já ajudaria muito os aniversariantes de agosto.

O Profeta dos Tempos Eleitorais

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Em 2000, meu professor de história, Norival Claro, pediu que acompanhássemos o horário eleitoral na TV, que cada um anotasse 30 propostas de diversos vereadores de qualquer partido, para depois avaliarmos as respectivas idéias. Não me recordo se houve discussão em sala - provavelmente houve -, mas me lembro perfeitamente o que notei enquanto anotava as idéias dos candidatos: Discursos homogêneos. Chamei de "faz-tudo" o candidato que promete segurança, infra-estrutura, educação, transporte, moradia, saneamento básico, saúde, emprego e dignidade aos mais pobres. Era exatamente assim; Muitos perdiam o fôlego até. Na época, a única coisa que me ocorreu foi a impossibilidade daquelas propostas.
Hoje noto que talvez meu pensamento tenha sido torto, mas não foi errado. Torto porque não sabia que aqueles candidatos, na verdade, não estavam oferecendo ou propondo nada: Nada!
Pois, o candidato que for eleito tem uma série de responsabilidades que vou chamar de "Contrato Social". O "Contrato-Social" é assinado automaticamente e tem todos os itens considerados "promessas de campanhas". O designado ocupa um cargo público e foi legitimado para, de um modo automático, servir os interesses de todas as esferas da sociedade - e nestes, estabelecer critérios e prioridades que favoreçam o bem-estar social. Portanto, o candidato que chama o eleitor de indigno (sem comida, sem educação, sem transporte, sem emprego) tem a obrigação de fazer algo. Não é sinecura, é um dever social.

O discurso dirigido

De um outro lado estão os que canalizam as obrigações e as transformam em mercadoria, com jargão e tudo. Quando um vereador decide criar uma proposta de trabalho, ele promete uma meta inadiável. Exemplo: "Vou construir a tão necessária estrada 'norte-sul Londrina'", neste caso, quando o candidato apresenta uma proposta que foge do padrão, ele atinge um eleitor-alvo; alguém que depende exatamente daquilo que ele propôs. Se uma obra desse tipo era esperada pela região em destaque, será maior a abrangência do voto.

Decodificando o caminho que a proposta traçou, temos as palavras-chave da manipulação indireta. No exemplo da estrada fictícia "norte-sul Londrina", uma das necessidades básicas foi segmentada, direcionada, apresentada e imposta. Os passos seguintes são a superlativação e a dependência.
Segmentada - o setor de transporte foi dividido no tema para fazer fusão com outros temas segmentados. Exemplo: "Ele não falou em reformar ruas, mas fará uma estrada que trará investimentos e emprego para a região".
Direcionada - Não é mais um "tiro-cego"ou uma generalidade. Agora ele transmite fidelidade com a/o região/eleitor escolhida (o) na proposta. Exemplo: "Amigos da região sul/norte”.
Apresentada - Detalhar “o porque” e “como” são essenciais para o pós-horario eleitoral. Além de ser uma etapa de convencimento, servirá também de munição para a guerra do boca-a-boca que o novo leitor irá enfrentar. Exemplo: "A estrada vai sair daqui e vai até a região norte. Ela passa onde tem os locais com grandes indústrias na cidade. Pode ser feita em no máximo 2 anos!".
Imposta - Quando o candidato traça o projeto, ele não abre espaço para debates; ele apenas impõe. Se haverá algum impedimento, isso é visto depois. Durante a campanha ele impõe projetos em suas apresentações, dificilmente ele "busca" opiniões avessas ou acatam alternativas, pois tem que evitar os ruídos/empecilhos causados pela alteração da conduta. Estas alterações no meio da campanha criam uma falha na redundância e na identidade do projeto.
Superlativação - A valorização é algo crucial. O candidato irá apresentar comparações de locais que já adotaram propostas semelhantes (nunca iguais, o ineditismo não pode ser rompido) e que obtiveram sucesso. Normalmente cidades da região que tem dados crescentes quando comparados ao da cidade do eleitor - esta pode aparecer com os dados "congelados" ou “decadentes”. Mostrar a ascensão de uma cidade que tem iniciativas parecidas com as apresentadas pelo candidato, renova a moral e confiança do eleitor. Também ascende uma súbita vontade de "crescer" com aquela idéia. Exemplo: "Cascavel há três anos tem um projeto parecido. A via rápida que liga o parque industrial da cidade ao lado norte e oeste fez com que a cidade subisse de 8º melhor cidade do estado para o 4º lugar. Londrina estava em segunda até o ano passado, mas no ultimo resultado divulgado apareceu em 5º lugar”.
Dependência - O mais universal e importe ponto é a dependência. Neste momento, onde é finalizado o plano de convicção, o peso do "é possível somente" cai sobre as costas do eleitor. Toda a desgraça descrita, todo o sucesso alheio e a possível salvação dos tempos resume-se em: "Para tudo isso que prometi, querido amigo, dependo do seu voto"

Estes são, segundo minhas perspectivas, os degraus da manipulação indireta através da proposta.

Eleições Municipais 2008

Londrina poderia esperar até 8 candidatos a prefeito este ano, porém, após o escândalo na câmara, o vereador Orlando Bonilha caiu fora da jogada com a sua renuncia. Bonilha (PR) está na mira de oito processos judiciais em que é acusado de extorsão e formação de quadrilha. Quem presidia a comissão processante de Bonilha é um outro candidato ao executivo e atual vereador na cidade, Tercilio Turini (PPS).
Além desses citados acima – onde só um provavelmente irá entrar as eleições -, restaram 6 candidatos “piolho-de-eleição”. Eles tentaram nas ultimas eleições ou já foram prefeitos da cidade alguma vez, todos exercem cargos federais ou estaduais e agora preparam suas receitas/despesas, contatos jornalísticos, filiações e partem para a disputa de 2008. Uma pesquisa feita no final de 2007 pela Canadá Pesquisas mostra Belinati com 36,9%, seguido por Barbosa Neto, com 23,5%. Hauly vem 10,8%, André Vargas e Cheida, empatam no 3,4%, Tercílio Turini, do PPS, com 2,8% e Canziani na lanterna com 1,8%. Brancos e nulos, 7,1% e indecisos, 10,1%. A pesquisa ouviu 493 eleitores londrinenses.
As eleições deste ano trazem um destaque: Um quarto dos deputados federais serão candidatos a prefeito em 2008. Assim, cento e treze, dos mais de 500 candidatos, pretendem se candidatar a prefeito deixando na Câmara um suplente no lugar. A informação é do Congresso em Foco e nessa consta que 8 deputados federais tentarão eleições nos municípios do Paraná - 4 deles em Londrina.
Cada deputado abaixo tem um custo anual que ultrapassa a marca de milhões de reais. Os deputados federais custam aos cofres públicos R$ 99.467 por mês, o equivalente a 284 salários mínimos de R$ 350 - o que somando seus 15 salários anuais dão mais de R$ 1,49 milhões. Já os deputados estaduais podem ter o custo que ultrapassa os R$ 4,2 milhões anuais. Para simplificar, um exemplo popular: Atualmente o Belinati custa ao estado um "PAI + Inauguração" por ano.
Portanto, segue a relação de nomes e partidos dos futuros candidatos a prefeitura de Londrina em 2008. Os dados acompanham fotos e informações financeiras de campanhas nas eleições de 2006, onde todos abaixo conseguiram algum cargo federal ou estadual.


Nome
: Homero Barbosa Neto
Nome para urna eletrônica: BARBOSA NETO
Partido Político: Partido Democrático Trabalhista (PTB)
Grau de Instrução: Superior completo - Jornalista
Ocupação: Deputado Estadual
Eleito pela Coligação Paraná de Verdade (PP / PDT / PTB / PSB) com 132.674 votos (2,48%)
Receitas para campanha de 2006 (TSE): R$ 181.475,50
Destaques na receita (ver todas):
>UNIMED DO ESTADO DO PARANÁ - R$ 50.000
> UNIÃO NORTE DO PARANA DE ENSINO - R$ 40.000
> Diretório Nacional PDT - R$ 25.000

Declaração de Bens
Apartamento Edifício Renoir, Londrina, PR R$ 12.364.00
Banco Itaú, CC 28309-9, AG 3878 R$ 546.15
Apartamento Residencial Top Life, Londrina, PR R$ 24.301.20
Capital Social Empresa HBN Propaganda R$ 2.970.00
Datas de Terras n 13, área 287,53m2 R$ 31.100.00
Imóvel Residencial, Rua Santiago, Londrina, PR R$ 400.000.00
Quotas Itaú Personalite Longo Prazo R$ 73.208.38

---

Nome: Luiz Eduardo Cheida
Nome para urna eletrônica: CHEIDA
Partido Político: Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)
Grau de Instrução: Superior completo - Médico
Ocupação: Deputado Estadual
Eleito pela coligação (PMDB) com 39298 votos (0,74%)
Receitas para campanha de 2006 (TSE): R$ 324.100,73
Destaques na receita (ver todas):
> MILÊNIA AGRO CIÊNCIA - R$ 40.000
> EDITORA FTD S/A - R$ 32.520
> USINA ALTO ALEGRE S/A - R$ 30.000

Declaração de Bens
APTO CURITIBA R$ 82.000.00
CAPITAL SOCIAL EMPRESA CHEIDA & CIA LTDA R$ 2.000.00
CASA EM LONDRINA R$ 215.000.00
CONSORCIO VEICULO HONDA CIVIC 2000 R$ 14.102.34
QUOTAS CAPITAL DA UNIMED R$ 1.309.18
QUOTAS EMPRESA UNICRED R$ 3.071.85

---

Nome: Antonio Casemiro Belinati
Nome para urna eletrônica: BELINATI
Partido Político: Partido Progressista (PP)
Grau de Instrução: Ensino Médio Completo
Ocupação: Deputado Estadual / Locutor e Comentarista de Rádio e Televisão; Radialista
Eleito pela coligação (PP / PDT / PTB) com 81157 votos (1,52%)
Receitas para campanha de 2006 (TSE): R$ 31.037,44
Destaques na receita (ver todas):
> CREARE ADMINISTRADORA DE MOVEIS E IMÓVEIS LTDA. - R$ 22.000

Declaração de Bens:
57.500 Ações Bamerindus R$ 122.46
Apartamento Edifício Costa do Marfim, Londrina PR R$ 198.794.55
Apartamento Edifício Vista do Sol, Curitiba PR R$ 62.457.55
Automóvel GM/Omega 1996 - AEB-2500 R$ 33.000.00
HSBC Banco Brasil S/A - Previdência R$ 3.528.00
HSBC Bank do Brasil S/A R$ 302.66
HSBC Bank do Brasil S/A R$ 22.190.51
HSBC Bank do Brasil S/A R$ 7.309.37
Linha Telefônica R$ 3.053.47
Linha Telefônica R$ 1.249.14
Linha Telefônica R$ 1.596.13
Lote Terras 249-1A - 55,728m2 R$ 40.788.26
Lote Terras 249-2, 58,170m2, Gleba Cafezal R$ 78.122.04
Lote Terras Jardim Londrilar contendo uma residência R$ 131.854.81

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Nome: André Luiz Vargas Ilário
Nome para urna eletrônica: ANDRÉ VARGAS
Partido Político: Partido dos Trabalhadores (PT)
Grau de Instrução: Superior completo
Ocupação: Deputado Estadual
Eleito pela coligação Paraná Unido (PT / PHS / PL / PAN / PRB / PC do B) com 83.222 votos (1,56%)
Receitas para campanha de 2006 (TSE): R$ 307.674,14
Destaques na receita (ver todas):
> Comitê Financeiro Único PT(PR) - R$50.000
> EDEME CONSTRUÇÕES CIVIS - R$21.700
> DESTILARIA AMERICANA SA - R$10.000

Declaração de Bens
COD 21 AUTOMÓVEL FORD F-250 PLACA DAN-3249 ANO 2001 R$ 80.000.00
COD 32 1% DAS COTAS DE CAPITAL DA EMPRESA HUM NOVE NOVECOM. ARM. E UTIL. LTDA R$ 100.00
COD 63 TRANSFERÊNCIA EM DOAÇÃO DE R$ 43.000,00 PARA EIDILAIRA SOARES GOMES EM 2004 R$ .01

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Nome: Luiz Carlos Jorge Hauly
Nome para urna eletrônica: HAULY
Partido Político: Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB)
Grau de Instrução: Superior Completo
Ocupação: Deputado Federal
Eleito pelo PSDB com 111.506 votos (2,08%)
Receitas para campanha de 2006 (TSE): R$ 1.008.606,43
Destaques na receita (ver todas):
> URUCUM MINERACAO S/A - R$ 100.000
> NORTOX S/A - R$ 100.000
> IBS-INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA - R$ 100.000
> BOLSA DE MERCADORIAS E FUTUROS - R$ 100.000
> EMBRAER EMPRESA BRASILEIRA DE AERONAUTICA - R$70.000
> KLABIN S/A - R$ 70.000
> COPERSUCAR - COOPERATIVA DE PRODUTORES DE CANA DE ACUCAR - R$ 50.000

Declaração de Bens:
05 linhas telefonicas R$ 5.204.55
1/3 chacara em Primeiro de Maio 2000 m² R$ 8.000.00
1/8 de uma casa no Jd. Shangrila - Londrina R$ 2.230.84
1/8 terreno com 6.015 alqueires - Cambe R$ 3.202.02
25% de 8 Alqueires-Gleba Floresta-Cambé R$ 9.975.00
25% terreno 32,90 Gleba Ribeirão Vermelho R$ 64.400.00
BB RF LP 150 mil R$ 149.511.30
Casa Rua Carlos Sawad, 201 Cambé R$ 32.941.48
Sala Comercial Ed. Pioneiros-Cambe R$ 5.684.78
Veiculo Blazer Executive 2001 R$ 50.000.00
Veiculo Vectra GLS 1998 R$ 30.000.00
apartamento Rua Buenos Aires, 286 R$ 79.844.40
apartamento Rua Pio XII, 481 ap 601 R$ 157.738.27
capital corol Coop. A. Rolândia R$ 5.553.18
terreno 2,9 alqueires - Rolandia R$ 12.149.64
terreno com 18,9 Alqueires - Cambe R$ 78.660.27

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Nome: Alex Canziani Silveira
Nome para urna eletrônica: Alex Canziani
Partido Político: Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
Grau de Instrução: Superior completo
Ocupação: Deputado Federal
Eleito pela coligação Coligação Paraná de Verdade (PP / PDT / PTB / PSB) com 111.472 votos (2,08%)
Receitas para campanha de 2006 (TSE):R$ 1.059.145,83
Destaques na receita (ver todas):
> BRASTUBO CONSTRUCOES METALICAS LTDA -
R$ 100.000
> VIA SERVICOS INTEGRADOS S/C LTDA - R$ 112.000
> MILENIA AGROCIENCIAS S/A - R$ 40.000
> PRIMO SCHINCARIOL IND DE CERVEJAS > R$30.000

Declaração de Bens:
Automóvel Citroen/Xsara Picasso SX 2001/2002 R$ 40.000.00
Automóvel Passat 94/95 R$ 17.000.00
Automóvel Passat 98/99 R$ 34.000.00
Capital integralizado Londritec R$ 3.283.92
Parte Ideal 1/4 Apartamento Edifício Barão do Catuaí, Londrina PR R$ 30.359.94
Parte Ideal 1/4 da metade do Prédio A. Julio Estrela Moreira R$ 48.127.69
Parte Ideal de 1/4 de imóvel rural Sovaí, Município de Jaguapitã PR R$ 88.828.51
Parte Ideal de 1/4 do Sítio Santa Rosa do Viterbo, Londrina PR R$ 34.698.63
Parte Ideal de 1/4 do imóvel rura Fazenda Estrela, município de Colorado PR R$ 117.975.38
Parte ideal de 1/4 de 50% de 1.10 em 18 Chácaras em comum, situada na Gleba Primavera em Londrina PR R$ 867.45
Parte ideal de 1/4 do imóvel rural Sovai 05, Município Jaguapitã PR R$ 111.035.65
Prédio desapropriado para União Federal R$ 6.939.72
Sala 04 Edifício Metropole, Londrina PR R$ 6.450.56
Terreno no Royal Golf Residence R$ 309.607.53
Unidade Autônoma comercial sala 108 Edifício Metropole R$ 22.585.06
AUTOMÓVEL SANTANA PRETO R$ 22.000.00

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Dar, receber e a reciprocidade politizada

Hoje em dia não há segredo algum em dizer que um candidato recebe incentivos de empresas privadas durante o período eleitoral. Sabemos que essas empresas defendem o capital e a classe que lhes cabem: Burguesa. Temos conhecimento também que nenhum empresário gosta de rasgar dinheiro, ou simplesmente dá-lo - e por mais humanitária que seja a atitude, ainda prevalecerá o interesse próprio.

Com os dados listados acima, podemos afirmar que uma eleição exige um investimento amplo. Nas eleições de 2006, se somado todos os gastos de candidatos ao legislativo nacional, teremos mais de R$ 19,79 bilhões em despesas. Dos 18 mil candidatos, somente 6 declararam não gastar nada.

Todos os possíveis candidatos à prefeitura de Londrina são economicamente estáveis, segundo as próprias declarações. Alguns têm o passado tão extenso que só um livro-reportagem poderá nos mostrar a ponta-do-iceberg, como o populista Belinati, que já teve seu mandato cassado há menos de 10 anos atrás e coordenou um dos maiores esquemas de corrupção de Londrina: O Caso Ama/Comurb. O ex-prefeito silenciou a imprensa, enriqueceu na vida publica, inseriu a familia na política e foi excretado pelo lendário lema "Rouba, mas faz". Todas as informações podem ser encontradas no livro "Imprensa e Política: O Caso Belinati", do jornalista Fabio Silveira.

A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), que ajudou Hauly com R$100 mil, tem uma paquera duradoura com o deputado tucano. Mesmo recheando a sua esperança de futuro deputado com sentimentos milionarios, a BM&F o convidou para um tour em território estadunidense onde ele e mais 6 companheiros, todos com as despesas devidamente pagas, visitaram bolsas de valores, universidades e órgãos do governo americano, além de participarem de uma solenidade de entrega do título de "Homem do Ano 2007" para o presidente da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto. As informações são do Congresso em Foco.

A BM&F não poupou doações nas eleições de 2006. O dinheiro direcionado ao cofres de campanhas ultrapassa o valor de R$ 3 milhões. Vinte e um candidatos do PFL receberam o apoio, que tinha o valor maximo de R$100 mil. O PSDB também foi um dos beneficiados: 18 candidatos receberam quantias que podiam chegar a cem mil (como Hauly, que foi o único tucano com essa quantia recebida). O PT teve sete candidatos na lista da Bolsa e o valor máximo repassado foi de R$50 mil.

Outro exemplo: Luiz Eduardo Cheida ganhou seu maior repasse da Editora FTD. O ex-prefeito de Londrina tem 6 livros publicados pela editora (2 em 1989 e 4 em 2002). O tema que os livros abordam é "ecologia". Nas eleições de 2002, Cheida foi beneficiado com mais de R$ 85.000 pela FTD.

Ainda sobre Cheida, numa analise mais intrínseca, a Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte (APROMAC - www.apromac.org.br/CAN_CHEIDA.pdf) traz algumas questões extremamente relevantes sobre o candidato. O Deputado sempre esteve envolvido com o meio-ambiente. Atualmente é presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Paraná, mas as receitas de Cheida mostram um lado ecologicamente-nada-correto (ou extremamente controverso). A Milênia, que cede mais de R$40.000 para ajuda nas despesas de Cheida para candidatura estadual, é uma empresa fabricante de agrotóxicos que se recusa (informação de 2006/07) a fazer Estudos de Impacto Ambiental. Outras empresas comprometidas com a receita de Cheida são criticadas por suas condutas nada favoráveis ao meio-ambiente na pagina da APROMAC. Em 2002, Cheida recebeu R$ 30 mil para as despesas.
Outra empresa que merece "destaque" é a Usina Alto Alegre que ajudou os cofres do PMDB com mais de R$ 200 mil.
Os trabalhadores da usina aumentaram a quantidade de 6,86 toneladas de cana cortada por dia em 2004 para 8,74 toneladas/dia na safra de 2007 - Na época da escravidão, a "meta-diária" era de 4 toneladas.

Uma boa proposta é questionar o motivo principal das doações para campanhas por parte das empresas privadas. O candidato defende qual ala? Necessidades básicas ou a expansão econômica da burguesia? Essa estranha parceria entre um candidato a um cargo público e o dinheiro das empresas que só visam o lucro, é certa ou errada?
Afinal, de que lado o candidato esta: Do que dá a receita ou do que cede o voto?

Certa vez estava numa dessas rodas de rua, onde a molecada fica toda reunida, discutindo sobre tudo. Nessas rodas eu colocava um limite em minha mente: Se começarem a falar de carro, mãe ou bosta, é porque o assunto já está na merda. Num dos papos, um dos rapazes disse que havia "ido" com uma moça conhecida nossa. A primeira reação de todos foi pedir - assim como em qualquer aglomeração feminina com a pauta "fofoca" - que contasse mais. Ele contou. Disse onde foi; como e quando, mas ele titubeou e nós fizemos pressão:

- Que foi cara, conta aí!
- Ahh, sei não.
- Conta!
- Meu... Ela peidou.

A reação foi mais eufórica quando comparada aos detalhes da noite. Muitos riram acreditando, muitos falaram que ele estava de brincadeiras e outros, assim como eu, cogitamos que o papo estava estranho. Ele terminou:

- É sério... Eu dei uma bronca e ela disse 'quem mandou me dar garapa’!

Delírio Geral. Anos e anos se passaram, porém se eu encontrar algum que estava aquele dia e lembrar desse assunto, de imediato este afirma e relembra os detalhes. Talvez alguns vão dizer que isso é normal e outros argumentarão que viram a prima comentando com a irmã um caso desses na "Marcia Goldschmidt".

O que me fez lembrar de tudo isso foi a coluna do Marcos Magno (Falar Brasileiro), na Caros Amigos de março. Ele descreve todo o seu repudio ao modo autoritário, dogmático e extremamente preconceituoso (sic) que Luiz Sacconi trata a "língua certa" no Brasil. Com punhos de aço em prol da extinção do falar ao modo dos baianos; dos idosos; dos petistas e analfabetos, todos esses, segundo Carlos Magno, são "asnos" para Sacconi.
Carlos Magno, sem remorso algum, acaba com todas as bases de Sacconi com um golpe apenas. Este:
No dicionário escolar de Sacconi, peidar-se significa "soltar gases pelo anus involuntária e repetidamente, principalmente no momento do coito". Ora essa, Sacconi, assim como o personagem lá em cima, acredita cegamente que o som expelido da mulher durante o ato sexual é um peido. Sim, o som que ele ouviu durante todas as suas relações, durante toda a sua vida sexual, para ele, era proveniente de uma força inexplicável, onde o acumulo de gases nas entranhas saltava sem explicação alguma.

Muitas vezes, provavelmente, ocorreu um certo desconcerto. “Poxa, moça, calma-lá” e a rapariga sem alternativa: “Foi o doce-de-leite”.

Não passou alguma vez pela cabeça dele que este “efeito sonoro” era fruto de ares acumulados na vagina da mulher?
Agora, tudo isto está inserido num dicionário escolar. Seu filho pode estar às vezes no começo de sua vida sexual pensando: Porra, elas poderiam segurar, né?
Esse tipo de explicação, ainda mais em um dicionário, pode também criar uma legitimação em grande escala. As meninas lêem e tomam isso como verdade; os meninos idem. Deve estar dificultando relações, invertendo lados e criando pré-conceitos por onde passa. Pode-se dizer que muitas garotas vão achar que a culpa foi da garapa; Muitos podem estar em rodinhas detalhando o desastre.
Muitos, assim como eu, podem achar que isso tá estranho... Mas e os outros que não pensaram assim?

Ela (ainda) não Cansou?

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Se não fosse muito previsível, poderia até soar como "Olhe, ela conseguiu mais um espaço na publicidade". Mas, para ajudar a sua memória, amigo web-leitor, Ivete Sangalo - junto com a trupe que vai desde Hebe Camargo (a mesma Dama da Ditadura, que na Marcha da Familia com Deus dava aulas de anticomunismo e apoio ao regime militar) a Agnaldo Rayol (esse só estava vendendo a voz) -, participou do Cansei e seus respectivos protestos em prol da classe média (nota do autor: cômico, partidário e oportunista).

Onde entra a Philips?

Simples. Para protestar contra atrasos na aviação - e a volta de um governo neoliberal no sentido literal, com aquele jeito tucano de ser -, eles (alguns nomes logo abaixo) precisavam de patrocínios e gente à toa, e é quando entra a Philips e a "Grande Mídia"; Hebe Camargo, Ivete Sangalo, Ana Maria Braga, Regina Duarte, entre outros.
Depois do papo no escritório do empresário Dória Jr. (amigo próximo do tucano Geraldo Alckmin), junto com apoio do presidente da OAB-SP, Flávio D'Urso (defensor do casal Renascer) e idealizado por Jesus Sangalo (adivinhem quem é a irmã dele?), nasce o Movimento Cívico pelos Direitos dos Brasileiros - Cansei.

"Somos a Elite decente, fora Mula"
Gritos e cartazes do Cansei, 2007, Hebe presente

"Um, dois, três, Jango no xadrez"
Gritos da Marcha da Vitória, 1964, Hebe presente

Jesus chamou Paulo Zottolo, presidente da Philips, para entrar na dança. Zottolo colaborou muito (com grana e) com a sua opinião de que "não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez. Se o Piauí deixar de existir, ninguém vai ficar chateado", depois pediu desculpas e notou que a sua frase foi infeliz - porém, digna do Movimento que o encampa.
Portanto, chegamos ao ponto previsível: Ivete Sangalo e Philips. Não há conquista alguma, apenas o óbvio.
E para o Cansei, que já cansou, resta-nos a verdade no desenho de Claudius:

O Passe-Livre foi engaiolado!

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Cheguei às dez e quarenta da manhã. O tempo já ameaçava virar - talvez atendendendo as implicâncias gerais. Sentei ao lado de um outro fotografo que esperava o protesto, assim como outros veiculos de comunicação - TV e impresso - também esperavam. A policia (já) ocupava o local com um efetivo nada enxuto: 18 Policiais, 2 viaturas, 3 motocicletas e uma unidade móvel com direito a toldo, ponto de reunião durante a chuva. Um dos membros do protesto me reconheceu. É o Alessandro, estudante de história na UEL e antigo conhecido de colegial. Fui até o banco onde ele estava com o Cid, um conhecido de alguns shows punks do passado. Em minutos, resolvi-me ocupar do que gosto: fotografias. De cara, fui pra onde mais chamava a atenção, o efetivo policial. Não passou alguns minutos pra eu ser abordado:
- Olá, posso falar com você?
- Opa.
- Tu ta tirando foto, é?
Fiz uma "cara de que é óbvio ". Além da câmera, a minha posição não era propicia para um descanso no calcadão e, quem sabe, a bolsa denunciava um pouco a minha função naquele momento. Ainda assim, confirmei com a cabeça e perguntei o motivo da questão. A farda anunciava Capitão Rocha:
- Nada, é que conheço os jornalistas. Tu é de qual jornal?
- Nenhum, estou batendo foto pra mim. É pra acervo.
- Ahh, mas estuda algo...jornalismo?
- Sim, mas aqui eu vou fazer foto pra mim. Vou escrever pra mim também.

Depois do papo com o Capitão, voltei pro banco em que, ainda, só havia o Alessandro e o Cid. Eles conversavam sobre uma possível represália que membros do Movimento do Passe Livre haviam sofrido na noite anterior. Lembro-me apenas de dois nomes: Emilio e, seu pai, Evaristo Colmán. Ambos não demoraram pra chegar, creio que foram minutos após o relógio anunciar 11 horas. O céu ameaçava desabar.
Emilio mostrava as suas marcas para os outros manifestantes - luxações e arranhões. Fui conversar com Evaristo. Ele me contou que chegou no terminal para fazer panfletagem junto com seu filho e mais dois membros do movimento, mas, em questão de minutos, os segurancas de uma empresa particular que presta servicos no terminal urbano os abordaram. "Chegou a segurança privada e pediu, com muita brutalidade, pra eu não panfletar, pois era proibido. Pedi pra mostrar-me onde esta alegando isso", segundo Evaristo, os seguranças queriam leva-lo, junto com outros dois ativistas, para uma sala onde "mostrariam isso". Após dizer que não sairia do lugar, chamaram a PM, que eu poucos minutos veio com a mesma afirmação. Novamente os manifestantes se recusam a sair. "Não há motivos pra sermos levados, pois, não há ordem judicial ou uma ação que caracterize um delito", essa foi a justificativa, porém, Evaristo conta que os policiais já partiram pra agressão - tapas-na-cara, socos e pontapés. Assim, o recado não foi dado, foi reprimido. Indignado, ele alega que "todos tem o direito de protestar".

Evaristo Colmán alega que sofreu agressões de policiais um dia antes da manifestação

O calçadão ia ganhando movimento. Estavam num grupo de uns 20 integrantes, todos já separando as suas placas, batuques, apitos e faixas. Alguns jovens sairam panfletando pelo local, enquanto o carro de som estacionava. O barulho e a movimentação já chamavam atenção. Curiosos paravam pra assisitir o que se passava e os manifestantes ensaiavam as primeiras rimas.
"Policia Militar qual é a sua missão?entrar no terminal e fazer repressão.
Estudante qual é a sua missão? Lutar pelo passe livre e pela estatização"
Os manifestantes levantaram o assunto "repressão" nos gritos de protesto


Desse momento, onde teoricamente inicia-se o protesto, até o seu final, foram passados aproximadamente 60 minutos - 20 destes castigados pela chuva. O palanque era o piso petit-pavet do calçadão, o tripé suportava o instrumento que amplificava a voz do grupo, neles os manifestantes narraram episódios que marcaram o movimento em Londrina e questionaram a repressão sofrida no dia anterior, comparando-a com os tempos da ditadura militar. Devido ao numero de palavras de protesto contra o efetivo policial e a sua forma de atuação, Rocha, o capitão, pediu a palavra no microfone. Pedido aceito:
- A presença da policia aqui é pra fazer acompanhamento e garantir a segurança dos manifestantes...

Entre risos e vaias (o medo dos jovens era exatamente com a policia), Rocha completou dizendo que todos tem o direito de fazerem manifestações, porém, ele não alegou qual era o motivo de um grupo policial tão grande e as repressões ocorridas no terminal - a maior parte do tempo o movimento contou com 30 integrantes, portanto, para cada 2 manifestantes, existia um policial.

A chuva obriga os integrantes a deixarem as faixas e se esconderem apenas com as suas percussões. Quando voltam para o calçadão, ainda com um chuvisco, continuam com gritos de protesto enquanto um outro grupo prepara a catraca simbólica que será queimada. O capitão vê um problema: Quem controlará o fogo? Fogo no meio do calçadão é um risco para a população. Os manifestantes alegam que não tem perigo, mas Rocha ironiza o argumento questionando para um homem, aparentemente bêbado, se ele "apagaria o incêndio" que iria acontecer ao seu lado. "Ahn" foi a resposta que precisava. Um extintor foi providenciado e o movimento fez o seu rito-final com a catraca queimada. Começam a enrolar as faixas e diminuir o barulho dos batuques. Me despeço dos conhecidos e vou partindo pro lado oposto, os policiais também vão se dividindo, a imprensa recolhia os seus cabos e assim termina mais um protesto do Movimento Passe-Livre.

Catraca simbólica sendo queimada e o direito de resposta cedido ao Capitão Rocha

Ué, e o terminal?

Percebe-se que os protestos do Movimento Passe-Livre vêem passando por uma mutação. Antes os protestos aconteciam de forma mais "incisiva", quando os estudantes partiam em caminhada até o terminal urbano, mas o que se notou nos últimos protestos foi um local fixo: Calçadão. Existem algumas hipóteses para este tipo de ação:
1) A Concientização da população através da panfletagem e do boca-a-boca num dos locais de maiores movimentos pode repercutir de forma positiva para o movimento;
2) A não-adesão dos usuários do transporte pelo transtorno com os horarios dos coletivos, que já não são confiáveis, e a provável lotação neste período;
3) O Receio. Num curto prazo, o medo de repressões que já foram demonstradas no dia anterior e um velho recado dado em julho de 2003, quando os manifestantes faziam um cordão-humano em torno do onibus durante o protesto de aumento, porém, a policia deu ordem para o coletivo avançar. Anderson Silva, estudante de 21 anos, que participava da manifestação, caiu e foi morto, atropelado pelo ônibus que avançava (em conseqüência da morte, 24 de julho foi escolhido para ser o Dia Nacional Contra a Repressão e Criminalização dos Movimentos Sociais).

É provável que existem outros motivos para este tipo de manifestação - que não caracteriza o da sua luta inicial -, portanto, a construção da base que suportará o manifesto e sua expressão na sociedade é decisão dos integrantes, junto com suas estratégias e debates no cotidiano.

Porque eles brigam ainda?

"Defendemos o passe livre para todos os estudantes em todos os níveis - fundamental, médio e superior -, a estatização do transporte e a redução da tarifa ao valor de 2003, que era de R$1,35"

E não é por bobeira. Além do óbvio, que é o direito ao transporte perante a Constituição Federal (Art. 205 e 206, inciso I e o Art. 208, inciso VII, por exemplo) e o aumento excessivo entre 1995 e 2005 que passa dos 526%, aqui em Londrina a cobrança é alvo de dúvidas pelo Ministério Público. O promotor de Defesa do Consumidor, Miguel Jorge Sogayar, em entrevista a Folha de Londrina, no ano de 2005, acusou e criou uma ação contra o Município/CMTU e as empresas de transporte urbano (Transportes Coletivos Grande Londrina e Francovig) por "inumeras irregularidades" na planilha de aumento apresentada pela CMTU. Mais do que dados trocados, valores sem comprovação de fonte e a inserção de numeros falsos, não consta no documento a receita obtida nas locações da frota, publicidade nos veículos, que é intensa, e a modalidade "PSIU"(Neste caso, o valor do transporte é de R$2,50). Nesta época, já havia uma ação desse tipo protocolada em 2003.
O promotor
salientou que ''o importante é saber quem usa o transporte coletivo em Londrina. É a população pobre. Não se pode tratar o transporte coletivo sem respeitar o princípio básico de que trata-se de um serviço essencial, garantido na Constituição Federal".
Em defesa, desde o inicio dos aumentos, as empresas alegam o aumento do diesel, o reajuste salarial e a troca da frota como os principais "agentes causadores" na elevação do preço - vale lembrar que o preço do diesel no Paraná variou de R$1,55 a RS1,65 entre 2003 a 2005.
Londrina, junto com outras cidades, segue no topo da maior cobrança no estado (R$ 2) e o momento não é de esperança, pois, no inicio do ano foi pedido uma verificação de reajuste por parte das empresas e as férias escolares estão chegando. É o momento propicio para um aumento às escuras.
Portanto, até o ano que vem, Movimento. Veremos as novas músicas, novas idéias, novas caras... porém, as mesmas faixas.

Sobretudo, a fotografia


> Galeria Vila-Rica, upload feito originalmente por Érre Ortega.

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Aos Interessados,
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Sobre o Blog:

Acerca

O blog funciona como uma "válvula de escape". Na psicologia, descobrimos que todos os nossos dramas e frustações são recalcados para o inconsciente; elas não evaporam, elas se escondem. Essas energias recalcadas precisam ser exaladas de algum modo: O recém-nascido morde o seio e chora; Uma criança brinca de casinha e bate na boneca; Um outro prefere jogar games de tiro; Alguns viram emos e outros, por fim, criam um blog em um sítio qualquer.

As opiniões

Aqui se impõe a opinião, e, obviamente, não há opinião sem parcialidade. Não que eu queira assassinar a chamada imparcialidade no fato jornalístico, que serve como escudo da mídia em geral, mas sim trata-la como deveria ser tratada. Segundo o dicionário Priberam, imparcialidade significa ser neutro. Também pode significar ser justo ou apenas procurar a verdade (sic). Logo temos o primeiro hiato: Ser neutro é não ser a favor nem contra; Por outro lado, procurar a verdade é descobrir um lado certo. A imparcialidade, principio básico da profissão, pode ser um divisor de águas, onde de um lado ficam os neutros e do outro lado estão os que vão além do discurso brando para descobrirem a verdade – ou, no mínimo, chegar perto dela.

O autor

Meu nome é Roberto Ortega, tenho 22 anos e sou de Londrina, no Paraná. Estou cursando o 3º semestre de jornalismo e tenho como um interesse incontrolável a fotografia. Escrevo para me sentir útil em alguma coisa - mesmo sabendo que isso pode não parecer um serviço de utilidade.

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